Comportamento do dólar nas primeiras semanas de setembro
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Em 08 de setembro a moeda teve a menor cotação em seis meses, a R$ 3,094.
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Até 13 de setembro dólar acumulou queda de 0,3%, cotado a 3,1381
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Nova denúncia contra o Presidente Michel Temer, por Rodrigo Janot, pode resultar em nova alta do dólar.
Em setembro, a cotação do dólar tem se comportado como uma montanha-russa, como pode ser observado no gráfico abaixo. Porém, ainda não retomou o mesmo patamar do início do mês e acumulou queda de 0,3% até o dia 13.
No cenário externo, pesa para a queda do dólar a sinalização de que o Fed – banco central dos Estados Unidos – não deve aumentar os juros este ano. Além disso, a alta das commodities por conta da demanda da China continua favorecendo os emergentes, como o Brasil.
A maior queda diária no mês, de 0,57% no dia 05, ocorreu com o entendimento, por parte de agentes do mercado, de que a probabilidade de uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer havia se reduzido.
Ainda favorecendo o real ante o dólar, o governo garantiu em 06 de setembro a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao STF por organização criminosa os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Na noite do dia 06, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a redução da taxa Selic em 1 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano. Associada às notícias do dia anterior, a medida aumentou a confiança no mercado interno e manteve a trajetória de queda do dólar. Com isso, em 08 de setembro, após o feriado, o dólar atingiu o menor nível em seis meses, fechando com a venda a R$ 3,094. A última vez que a cotação esteve abaixo desse patamar foi em 21 de março, cotado a R$ 3,09.
Porém, nos dias seguintes a incerteza política voltou a aumentar, e o dólar acumulou três altas consecutivas, chegando a R$ 3,1381 na quarta-feira 13.
Em 12 de setembro, o ministro Roberto Barroso,do STF, decidiu abrir um novo inquérito contra o presidente Michel Temer sob a suspeita, a partir da delação de executivos da J&F, de que ele possa estar envolvido em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem até o próximo domingo para fazer nova denúncia contra o presidente, antes de ser substituído por Raquel Dodge.
Fernando Pavani, CEO e fundador da Remessa Online – Especialista em transferências internacionais.