“Quero voltar para casa!”: A saúde mental no intercâmbio

homem em posição de meditação com título sobre saúde mental no intercâmbio

Um intercâmbio em outro país pode ser uma experiência incrível e transformadora! Chegar a um novo país envolve meses de planejamento, conversa e muita expectativa.

Contudo, é comum que com a chegada do grande momento, a animação e as expectativas misturem-se com ansiedade, medo, solidão e saudade de casa.

Tudo isso torna essa vivência emocionalmente intensa, e, se não cuidada, pode transformar o que era uma promessa de felicidade em lágrimas e muita vontade de voltar para casa!

Principalmente no começo da adaptação, sentir-se sobrecarregado e ansioso é parte da vida de um intercambista. A adaptação à nova cultura é um dos principais fatores que impactam a saúde mental no início do intercâmbio.

O choque cultural pode ser um grande desafio, em que tudo é muito diferente – a língua, a alimentação, o clima e até mesmo o comportamento das pessoas podem causar estranhamento, solidão e sensação de não pertencimento; consequentemente, um aumento do estresse e da ansiedade.

A saudade e a solidão se misturam, e podem dificultar o aproveitamento da experiência pelo estudante. Estar longe da família, dos amigos e do ambiente familiar pode causar um sentimento de isolamento, agravado ainda pela barreira da língua e pela falta de contatos próximos para um suporte emocional imediato.

A sensação de se estar só em um ambiente desconhecido pode ser assustadora e gerar um grande impacto emocional no intercambista.

Além disso, aqueles que estão como estudantes no exterior precisam lidar também com a pressão acadêmica, novas metodologias e a necessidade de acompanhar aulas em um idioma estrangeiro, o que pode aumentar a ansiedade e sobrecarga.

Vale ressaltar que muito além de uma sala de aula, o aprendizado de um intercâmbio acontece em grande parte fora da sala de aula, e nas interações e amizades que esse contexto proporciona.

Mas sem desânimo! Tais desafios não são impeditivos de uma experiência rica e satisfatória. Porém precisam ser considerados, conversados e cuidados! Para enfrentar essa realidade e manter uma boa saúde mental durante o intercâmbio, é importante que se esteja aberto a novas experiências e que se tenha paciência consigo mesmo e com o processo de adaptação.

Buscar ajuda emocional com outros intercambistas, terapia ou mesmo o amparo de um bom consultor educacional são fatores que colaboram para o enfrentamento dessa situação e para o desenvolvimento de uma rede de apoio emocional. É importante lembrar que é parte da experiência sentir-se assim e que a adaptação leva tempo.

A expectativa de precisar aproveitar a experiência ao máximo pode se tornar uma cobrança, e a obrigatoriedade de se viver um intercâmbio só como algo positivo e prazeroso pode ser um boicote em se permitir aceitar também o que há de mais denso, desafiador e transformador nesta experiência.

Os cuidados para enfrentamento desses períodos devem considerar diferentes aspectos de nossa saúde física e mental.

Aqui vão algumas dicas:

Mantenha uma rotina saudável, com atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e sono de qualidade. O bem estar físico é fundamental para o bem estar psíquico. Procurar atividades que tragam prazer e alegria, como conhecer a cidade, experimentar novos sabores e culturas, pode ajudar a tornar a experiência mais leve e positiva. Além disso, alimentação e exercício contribuem para reduzir o estresse e a ansiedade, e ajudam a construir rotinas e hábitos, fatores importantes para melhor a sensação de pertencimento ao novo lugar.

Mantenha contato com amigos e familiares principalmente no início, sentir-se distante da família e dos amigos pode ser difícil. A sensação de estar perdendo momentos e experiências importantes acompanha quem escolhe morar fora, porém as tecnologias podem colaborar para que a presença aconteça mesmo à distância. Faça chamadas de vídeo, envie mensagens e compartilhe e troque experiências com as pessoas que você ama.

Construa hábitos e sinta-se em casa, leve você para sua experiência, e se sinta em casa. Personalize seu espaço – mesmo que seja o entorno da sua cama no quarto que você compartilha; se aproprie de sua nova rotina; construa hábitos. A presença de uma rotina ajuda a ampliar o sentimento de pertencimento.

Encontre grupos de apoio destinados a estudantes internacionais na sua universidade ou na sua cidade – entidades estudantis, grupos acadêmicos, grupos de intercambistas. Lembre-se, você não está sozinho e grupos podem te ajudar a encontrar pessoas com experiências semelhantes às suas e a compartilhar suas preocupações e desafios. Além disso, esses grupos podem ser uma fonte de informações úteis sobre a vida no exterior.

Conhecer a cultura local pode ajudar a se sentir mais integrado e confortável em um novo ambiente. Procure conhecer as tradições, os costumes e as pessoas da sua nova cidade, contribuindo para que você se sinta mais conectado e menos isolado.

Não tenha medo de pedir ajuda se você estiver enfrentando dificuldades. Procure serviços de aconselhamento ou saúde mental na sua universidade ou na sua cidade. Eles podem oferecer suporte e orientação para ajudá-lo a lidar com o estresse e a ansiedade. Além disso, com as novas tecnologias, muitos terapeutas e psicólogos do Brasil podem realizar acompanhamento terapêutico via online.

Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Sentir-se ansioso, triste, deslocado e com saudade faz parte dessa vivência, mas existem muitos recursos disponíveis que podem ajudar a viver essa jornada.

Os desafios e conflitos de sentimentos são parte da experiência de um intercâmbio, e, quando enfrentados em conjunto e com cuidados e apoio emocional, tornam-se apenas mais uma etapa dentro da trajetória transformadora, única e inesquecível de um intercâmbio.

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